Passa, certamente, uma grande credibilidade e confiança, quando os bons restaurantes deixam a sua cozinha exposta à vista dos seus clientes, mostrando transparentemente o que ocorre lá dentro, antes dos pratos chegarem às mesas para consumo.
Por outro lado, como você se sentiria ao entrar na cozinha de um restaurante e ouvir ou perceber que os profissionais que ali trabalham estão tensos, desmotivados, agressivos entre si e que demonstram não suportar o ambiente do restaurante ou o seu chefe?
Teria coragem de ingerir o alimento produzido por eles?
Quantas organizações, públicas ou privadas, podem de fato, convidar os seus clientes a conhecerem as suas “cozinhas”, ou melhor, os seus ambientes internos ?
Como são tratados os seus funcionários, as relações são de abertura e confiança ou “tóxicas”?
No trabalho em equipe, não basta gostar apenas do que se faz (da atividade).
Um clima favorável à abertura (as pessoas podem dizer o que pensam e sentem) cria as condições para ambientes saudáveis e produtivos.
Quando digo que gosto da pessoa que eu sou quando estou nesse ambiente e com essas pessoas, significa que ali posso ser eu mesmo e isso faz toda diferença na produtividade.
As máquinas não se importam umas com as outras quando as pessoas as desligam e vão para suas casas.
O Comportamento Organizacional é produzido por pessoas!
Se quisermos melhorar o trabalho em equipe, precisamos trabalhar os indivíduos.
As dimensões do comportamento humano (*) guardam uma correlação direta com os sentimentos produzidos e consequentemente com a produtividade.
Inclusão gera sentimento de importância.
Relações de controle(autoridade) adequadas informam o nível de competência percebido.
Abertura, falar sobre mim e querer saber do outro, traz a sensação de bem-querer.
Os medos originais, o lado contrário desses comportamentos, e correspondente às dimensões acima, são: de ser ignorado, humilhado e rejeitado.
Esses são ingredientes usados na receita das relações humanas e aqueles aos quais um verdadeiro líder deve estar atento.
Não basta conhecer de estratégias e técnicas. É preciso entender de gente e de comunicação interpessoal.
Assim como em uma boa “cozinha”, o que é produzido nas relações pessoais e internas, chega à “mesa” do cliente e ao resultado final, aquela última linha do balanço financeiro das organizações.
Antônio Amorim
Consultor Organizacional e de Carreiras
(*) Will Schutz, O Elemento Humano – Produtividade, Autoestima e Resultado Final.
Acesse outras publicações em nosso Blog www.antonioamorim.com.br #trabalho #produtividade #equipes #autoestima #relacionamentos #inclusão #controle #abertura
7 comentários
Perfeito. Lembro que dei consultoria a uma organização onde o líder de cabeça aberta, tinha no quadro de colaboradores apenas jovens entre 20 a 25 anos. E ele me contava: Eulina mandei todo mundo passar o final de semana em um hotel campo e disse que me entregassem o trabalho pronto na segunda. Foi um sucesso. A esposa e sócia se angustiava quando ele dizia que ia comprar uma mesa de Ping Pong para por no centro da sala onde a juventude estava. Eu amava as ideias geniais dele. Infelizmente ele foi cedo sem poder concluir a sua tese de mestrado.
Obrigado, Eulina, pelo comentário enriquecedor!!
Excelente texto Amorim, acrescentaria a energia que é produzida dentro de uma organização influencia diretamente o resultado. Quando falo de energia, digo como está a alma daqueles que fazem a diferença nas empresas. Acredito que na confecção de um prato que vai ser consumido por um cliente é primordial colocar o sentimento das pessoas que preparam este prato. Se houver harmonia no ambiente de produção, tudo flui bem e o cliente fica feliz.
De pleno acordo, amigo. Obrigado!!
Texto oportuno e relevante para o momento planetário atual. No meu curso Cidadão 5D: Gestão Ambiental e Responsabilidade Social lembramos que a os Gestores de SGI, ESG, etc…, são verdadeiros Missionários…(vivem entre a cruz e a espada – entre o “tudo pelo lucro” e o “cuidado ativo”). A COB 27 é intragável…somos idiotas viciados…repetimos discursos da Eco 92, como se fossem novidades! Pobre homem! Pobre humanidade! Acorda!!!!
Quando ouvi falar do Professor Amorim pela primeira vez, foi através de um dos grandes representantes da parapsicologia no mundo, Professor Artêmio Longhi. Ele o chamava de meu Mestre Amorim. Quando o conheci, percebi que Longhi tinha razão. Seu diálogo, simples e sábio, é transformador. Parabéns, Amorim.
Muito obrigado, Ronaldo!! Digo-lhe o me disse o querido Prof. Artemio Longhi, “você é meu colega”. Abraço