A única coisa verdadeira é o sonho.
Orson Welles
É muito comum, naquele momento da escolha da profissão, encontrarmos alunos e, por vezes também os seus pais, aturdidos com uma indecisão que parece paralisar.
Afinal, decidir por alguma coisa é, via de regra, abrir mão de outra (s) …
A raiz do problema passa pelo nosso modelo educacional, que considera a presença e as avaliações (notas) como fatores determinantes para que o aluno cumpra a reta de chegada e faça parte da estatística de sucesso da instituição escolar.
Pouco atento em saber quem é o ser humano que está ali, o que lhe gera interesse, identificar as suas habilidades, para a partir dessa individuação poder apoiá-lo na melhor escolha do seu caminho…
Então, a fórmula é essa, você tem uma placa com um número às costas e deve estar preparado para vencer a corrida, sem saber para onde está indo, e muito menos o porquê…
Os cursinhos preparatórios costumam receber de volta alunos que entraram em uma carreira e retornam às salas de aula, por não se identificarem com a escolha feita – pesquisas mostram que, em um índice superior a 70%, as pessoas acabam mudando, buscando outras opções.
Quanto de investimento financeiro e de tempo (vida) foi feito, a partir desse “desvio do caminho”?
Até mesmo em alguns cursos de Pós-Graduação, ainda sobrevive a reprodução desse modelo de presença e notas, acima de uma discussão madura e aprofundada sobre os temas relevantes do mundo, de vida e das nossas carreiras.
“Agradeço profundamente ter escolhido Economia. Quando terminei o curso e o estágio no banco, não sabia o que queria fazer da vida, mas sabia exatamente o que não ia fazer – ser Economista”.
Amyr Klink, navegador e escritor
Aprofundando e trazendo a nossa reflexão para um campo mais amplo, ouvi, certa vez, uma senhora dizer algo muito significativo e oportuno, em uma cerimônia, um rito de passagem, aquele momento da despedida do plano físico, de um ente querido:
“No primário, deveríamos estudar e ser preparados para responder a essas perguntas: quem sou eu, o que vim fazer aqui e para onde irei depois”.
Aquelas palavras até hoje ecoam para mim. Qual teria sido o sonho daquele que partia?
O autoconhecimento, a busca sobre a consciência de si, faz parte do que entendemos por educação continuada.
Enquanto estamos por aqui…
Vivemos um mundo em profunda transformação, com enormes desafios e oportunidades, em meio a um avanço tecnológico fantástico e incontrolável.
Um pequeno aparelho, da sua mão, acessa o mundo, as notícias, estudos e distrações em tempo real, convidando as escolas e os professores, a se reinventarem.
Como diz a canção “nada será como antes, amanhã”…
A propósito, deixo para você uma provocação que gosto muito, me faço e que costumo trazer em alguns dos meus trabalhos em palestras, coaching ou mentorias.
O que você faria, se dinheiro não existisse?
Antonio Amorim
www.antonioamorim.com.br
@antonioamorim01
Artigo, editado e ampliado, publicado originalmente no livro “Ampliando Horizontes”.
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2 comentários
Sensacional meu amigo Amorim, como tuuudo o que vc escreve. Graças a Deus escolhi para a minha vida, construir sorrisos, apesar de não poucas vezes ter perdido o meu.
Faço o que amo e amo o que faço. Gratidão a Deus me define pela minha escolha e fazer sorrir feliz tantas pessoas.
Vc é uma pessoa linda e muito 🔝.
Sou sua fã 👏👏👏
Bênçãos infinitas em sua vida 🙌🙏🙌
Lyria, querida
Muito obrigado pelo seu comentário generoso e pelo carinho e amizade.
Gratidão, a mesma que lhe define 🙂